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Vera Canhoni

Psicanálise: Meditação e Saúde – Psicanálise

Psicanálise – Meditação e Saúde – Psicanálise

 

Recentemente colaborei com o curso Mindfulness e Compaixão: Concepções Teóricas, Intervenções Clínicas e Promoção de Saúde (Meditação e Saúde) ministrado pela professora Márcia Epstein no Instituto Sedes Sapientiae.

Foi uma alegria participar desse encontro e ter a oportunidade de conversar e partilhar experiências, bem como tecer novos laços e contatos.

Gratidão é uma das primeiras palavras que me ocorre para dar o tom do encontro com pessoas abertas ao diálogo e à investigação acerca da meditação e do processo psicanalítico como práticas ligadas à possiblidade de acolher, cuidar e promover a saúde psíquica e emocional.

De certo modo, encontrar pontos de convergências e divergências entre essas duas abordagens tem sido desafiante e muito estimulante, sobretudo porque diz respeito a forma de transitar e integrar essas duas experiências no exercício da minha escuta e prática clínica.

Até onde as experiências do processo analítico e da meditação podem dialogar? E como?

Ainda que seja atravessada por essa interrogação, acredito que encontrar uma resposta para essa pergunta é bem menos instigante e estimulante em face à aventura de manter sempre aberto esse campo de investigação.

Nutrir uma posição ou espaço no qual as questões possam transitar livremente é, de certo modo, acolher e deixar que o (des) conhecido possa se apresentar e se (re) velar em seu próprio tempo e ritmo, bem como sustentar as bases para que algo da ordem do enigmático ou misterioso tenha espaço e lugar.

Um processo analítico e a prática da meditação convocam e convidam para um campo aberto de investigação em face à complexidade do ser que há em cada um de nós.

Manter esse campo aberto é permitir um lugar para algo da ordem do novo, de um novo que tanto nos tira do automatismo quanto nos oferece vivências e sentidos até então inexplorados; de certo modo é nutrir um lugar para encontrar a própria voz, integrar experiências e ampliar a consciência.

Quando cultivamos aberturas para novos sentidos e experiências, resgatarmos o protagonismo da própria existência; recuperando facetas de nós mesmos, tecemos a liberdade de SER.

Com toda certeza, nesse breve encontro, sedimentamos belos alicerces para construirmos pontes entre o processo psicanalítico e a prática da meditação.

E como toda boa conversa e bom encontro, a alegria e o gostinho de querer um pouquinho mais ainda vibra por aqui…

Obrigada pessoal!

 

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