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Vera Canhoni

Travessias – memória, ilusão e resto da realidade

Travessias – memória, ilusão e resto da realidade

 

Ver era um modo de ir embora ou de olhar para sempre.

Queria que fosse colheita.

Queria que as imagens se capturassem sem devolução, sem empréstimo, mas o exercício dos olhos era vazio.

Tinha nenhum recipiente, nenhuma reserva.

Sem tangibilidade, ver humilhava a memória, que nunca recuperaria a completude de coisa nenhuma.

A memória era o resto da realidade. Uma sobra que mutava para a ilusão com facilidade.

Valter Hugo Mãe

 

Nas vicissitudes da experiência analítica a memória, em sua plasticidade psíquica, é capaz de abrir infinitas travessias àqueles que, no exercício do olhar – sem tangibilidade – , têm olhos para ver…

 

Eventos

 

Mãe, V.H. Homens imprudentemente poéticos. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016

 

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