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Vera Canhoni

Recordar, repetir e elaborar – parte 3/4 – Freud em pequenas doses

Recordar, repetir e elaborar – parte 3/4

Na sua terceira modificação da técnica de rememoração, a tentativa de colocar em foco um momento ou problema específico é abandonada pelo analista em prol de se estudar tudo aquilo que se apresentava na mente do paciente no momento da sessão analítica. E, com intuito de identificar e tornar as resistências conscientes ao paciente, o analista fazia uso da interpretação.

Interessante notar que o objetivo destas diferentes técnicas, permaneceu o mesmo; do ponto de vista descritivo o de preencher as lacunas na memória do paciente e, do ponto de vista dinâmico, o de superar as resistências devidas à repressão.

Mas, vale acrescentar que sob a nova técnica, Freud logo considerou o fato de que o paciente não “(…) recorda coisa alguma do que esqueceu e reprimiu, mas expressa-o pela atuação ou atua (acts it out). Ele o reproduz não como lembrança, mas como ação; repete-o, sem, naturalmente, saber que o está repetindo.

Dito de outro modo, a compulsão à repetição, é a maneira de recordar do paciente.

Dentro desse viés, Freud passou a observar e a se interessar pela relação da compulsão à repetição com a transferência e com a resistência – condições presentes nos desdobramentos do processo analítico.

 

para continuar a leitura acesse:

Recordar, repetir e elaborar – parte 4/4 – Freud em pequenas doses

 

 

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