Recordar, repetir e elaborar – parte 2/4
Em um segundo momento, quando Freud abandonou a hipnose, a técnica psicanalítica passou a tentar descobrir, por meio das associações livres do paciente, o que ele deixava de recordar.
A técnica da associação livre como acesso à memória e ao conteúdo “esquecido” libertava o paciente das reflexões conscientes e, em proveito de uma expressão espontânea do paciente, permitia que o material se apresentasse sem as censuras ou inibições decorrentes.
As situações que haviam ocasionado a formação do sintoma conservaram seu lugar como foco de interesse, mas o elemento da ab-reação cedia lugar ao trabalho do paciente em superar a censura em face às associações livres.
O método ou regra da associação livre – como forma de investigação do inconsciente – convocava o paciente a exprimir todos os seus pensamentos indiscriminadamente e de forma espontânea.
Como forma de eliminar a seleção voluntária dos pensamentos excluía-se do jogo a censura entre consciente e pré-consciente (segunda censura) e com elas a ação da primeira censura (entre o pré-consciente e o inconsciente) revelando-se assim as defesas inconscientes.
Recordar, repetir e elaborar – parte 3/4 – Freud em pequenas doses