Da hipnose à associação livre – parte 3-3 – Freud em pequenas doses
Da hipnose à associação livre
Como se deveria lidar com essa relutância? Deveria ser suprimida com gritos ou afastada pela sugestão?
Ou deveria, como outros fenômenos mentais, ser simplesmente investigada?
A opção de Freud por esse segundo caminho levou-o diretamente ao mundo desconhecido que iria passar a vida inteira explorando.
Nos anos que se seguiram aos Estudos, Freud abandonou cada vez mais a técnica da sugestão deliberada e passou cada vez mais a confiar no fluxo de “associações livres” do paciente.
Associação livre – interpretação
Estava aberto o caminho para análise dos sonhos. Essa análise permitiu-lhe, em primeiro lugar, obter uma compreensão do funcionamento do processo primário na mente e das formas pelas quais ele influenciava os produtos de nossos pensamentos mais acessíveis, e assim Freud adquiriu um novo recurso técnico – o da interpretação.
Mas a análise dos sonhos possibilitou, em segundo lugar, sua própria autoanálise e suas consequentes descobertas da sexualidade infantil e do complexo de Édipo.
Todas essas questões, porém, salvo por alguns leves indícios, ainda estavam por surgir.
Transferência e interpretação
No entanto, Freud já havia se defrontado com outro obstáculo no caminho do pesquisador – a transferência. Já tivera um vislumbre de sua impressionante natureza, e talvez já tivesse começado a reconhecer que ela iria revelar-se não só um obstáculo como também mais um instrumento fundamental da técnica psicanalítica.
Eventos
FREUD, S. Estudos sobre a Histeria In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira, Volume II (1900) Trad. Sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1994.