Da hipnose à associação livre parte 2-3 – Freud em pequenas doses
Sugestão hipnótica e resistência
O instrumento óbvio para esse fim era a sugestão hipnótica – a sugestão hipnótica utilizada não para finalidades propriamente terapêuticas, mas para persuadir o paciente a produzir material proveniente da região inconsciente da mente.
Com Anna O., apenas um ligeiro uso desse instrumento se afigurou necessário. Ela produzia torrentes de material vindo de seu “inconsciente”, e tudo o que Breuer tinha de fazer era ficar sentado e ouvi-las sem interrompê-la.
Mas isso não era tão fácil como parece, e o caso clínico da Sra Emmy revela em muitos pontos como foi difícil para Freud adaptar-se a esse novo uso da sugestão hipnótica e ouvir tudo o que o paciente tinha a dizer, sem qualquer tentativa de interferir ou levá-la a encurtar o relato.
Abandono do hipnotismo
Nem todos os pacientes histéricos além disso eram tão dóceis quanto Anna O.; a hipnose profunda em que ela caia, aparentemente por sua própria vontade, não era tão prontamente alcançada com qualquer um. E aqui surgia outro obstáculo: conta-nos Freud que ele estava longe de ser adepto do hipnotismo.
Mas foi o abandono do hipnotismo que ampliou ainda mais sua compreensão dos processos mentais. Esse abandono revelou a presença de mais um obstáculo – a “resistência” dos pacientes ao tratamento, sua relutância em cooperarem na própria cura.
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Eventos
FREUD, S. Estudos sobre a Histeria In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira, Volume II (1900) Trad. Sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Imago, 1994.