Pular para o conteúdo

Vera Canhoni

Inconsciente – outros atos psíquicos – Freud em pequenas doses

Inconsciente – outros atos psíquicos – Freud em pequenas doses 

existência do inconsciente

Supor a existência de algo mental inconsciente visando às finalidades do trabalho científico, tem sido vastamente contestado.

Nossa suposição a respeito do inconsciente é necessária e legítima, e dispomos de numerosas provas de sua existência.

Os dados da consciência apresentam um número muito grande de lacunas; tanto nas pessoas sadias como nas doentes;

com freqüência alguns atos psíquicos  só podem ser explicados pela pressuposição de outros atos, para os quais, a consciência não oferece qualquer prova.

atos psíquicos inconscientes – atos falhos – sonhos – sintoma

Estes não só incluem atos falhos e sonhos em pessoas sadias, mas também tudo aquilo que é descrito como um sintoma psíquico ou uma obsessão nos doentes;

nossa experiência diária mais pessoal nos tem familiarizado com ideias que assomam à nossa mente vindas não sabemos de onde, e com conclusões intelectuais que alcançamos não sabemos como.

atos conscientes e inconscientes

Todos esses atos conscientes permanecerão desligados e ininteligíveis, se insistirmos em sustentar que todo ato mental que ocorre conosco, necessariamente deve também ser experimentado pela consciência;

por outro lado, esses atos se enquadrarão numa ligação demonstrável, se interpolarmos entre eles os atos inconscientes sobre os quais estamos conjeturando.

Uma apreensão maior do significado das coisas constitui motivo perfeitamente justificável para ir além dos limites da experiência direta.

O conteúdo da consciência é muito pequeno, de modo que a maior parte do que chamamos conhecimento consciente deve permanecer, por consideráveis períodos de tempo, num estado de latência, isto é, deve estar psiquicamente inconsciente.

 

Eventos

 

FREUD, S. A Historia do Movimento Psicanalítico: artigos sobre metapsicologia e outros trabalhos In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud: Volume XIV. (1914-1916) Rio de Janeiro, Imago, 1994.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *