Pular para o conteúdo

Vera Canhoni

Nas tramas das relações intersubjetivas – Vera Canhoni

Nas tramas das relações intersubjetivas – Vera Canhoni

 

Abordar o tema das relações intersubjetivas pressupõe considerar inúmeras e diversas formas de estar com o outro; seja nas relações familiares, entre homem e mulher e, obviamente, entre tantas outras que constituem os sujeitos em seus modos de ser.

As relações humanas se compõem de uma gama de sentimentos e, nuançadas numa série de tonalidades e intensidades se encontram acomodadas num leque extenso; diverso e peculiar.

Em doses bem ou mal temperadas, abrem-se os acessos para as construções mútuas e com elas às diferentes formas e manifestação de amor, em cujos desdobramentos encontramos traços de confiança e comprometimento, de solidão e entrega, de exaltação e esperança, de certezas e incertezas tecidas na familiaridade ou estranheza dos vínculos e ligações.

Desse modo, por meio dos movimentos de idas e vindas que se tecem nas vias da intersubjetividade e  inclinação ao outro, os seres se constituem e se transformam.

E assim, no interjogo do atravessamento dos afetos, sensibilizam, comovem e inspiram; traçam laços com o outro e com desconhecidas facetas de si mesmos.

E nessa rede nuança de encontros e (des) encontros algo potencialmente transformador estará circunscrito na esfera dessa comunicação entre humanos.

Desde o princípio e ao longo de toda uma existência o ser humano é capaz de recolher os frutos das experiências e vivências com o outro; capaz de construir-se e constituir-se; sempre e continuamente.

Assim, por meio dos encontros com o outro e em face às infinitas possibilidades de rearranjar sua própria historia, cada um será capaz de estabelecer sua(s) própria(s) metamorfose(s) por entre as trilhas da bem-aventurada condição humana e da contingência de toda relação amorosa; para além do bem ou do mal.

Afinal!

Em cada entrega há uma metamorfose e o que se entrega jamais se pode voltar a possuir.

É certo que às vezes o ser nos é devolvido depois de amado.

Mas embora pareça que é sempre o mesmo, acaba sempre de renascer.

 

Eventos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *