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Vera Canhoni

Do processo de desenvolvimento e da contribuição da mãe – Winnicott em pequenas doses

Do processo de desenvolvimento e da contribuição da mãe – Winnicott em pequenas doses

A importância do mundo interno e seus objetos, o poder difundido e complexo das fantasias, a noção central da avidez primitiva – todas estas ideias –  Winnicott tira de Klein e as usa de sua própria maneira. Eles desenvolveram narrativas diferentes do processo de desenvolvimento e da contribuição da mãe para com ele.

Winnicott – estágios precoces do desenvolvimento

Winnicott compartilhava com Klein uma crença fundamental na importância decisiva dos estágios precoces do desenvolvimento.

Mas, desde o inicio, ele afirmava, que o bebê buscava contato com uma pessoa, não a gratificação instintual de um objeto.

Bebê clama por intimidade – proximidade – não só pela satisfação

O bebê começa a vida como um ser profundamente sociável: ele clama por intimidade, não apenas pelo alívio da tensão – pela proximidade, não só pela satisfação.

Na verdade, a satisfação só é possível em um contexto de proximidade com a mãe.

“Não é satisfação instintual”, ele escreve, “o que faz com que um bebê comece a existir, a sentir que a vida é real, a achar que a vida vale a pena ser vivida.”

Era o cuidado maternal o que tornava possível o self do bebê se enriquecer.

Papel essencial da mãe – proteger o self do bebê

O papel essencial da mãe era proteger o self de seu bebê, as pulsões serviam ao self,  não o constituíam.

“O self que deve preceder o uso do instinto pelo self;  o cavaleiro deve cavalgar e não ser levado pelo cavalo em disparada”.

Era tarefa da mãe ter certeza de que isso acontecia.

Adam Phillips

PHILLIPS, A. Winnicott. Trad. Alessandra Siedschlag. Aparecida, SP: Idéias & Letras: São Paulo, 2006

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