Inibições individuais e instintos destrutivos nos grupos – parte 1/2 Freud em pequenas doses
inibições individuais e instintos destrutivos nos grupos
A fim de fazer um juízo correto dos princípios éticos do grupo, há que levar em consideração o fato de que, quando indivíduos se reúnem num grupo, todas as suas inibições individuais caem e todos os instintos cruéis, brutais e destrutivos, que neles jaziam adormecidos, como réplicas de uma época primitiva, são despertados para encontrar gratificação livre.
exaltação ou intensificação da emoção
O resultado mais notável e também o mais importante da formação de um grupo é a exaltação ou intensificação da emoção produzida em cada membro dele.
Num grupo as emoções são excitadas até um grau que elas raramente ou nunca atingem sob outras condições; constitui experiência agradável aos interessados entregar-se tão irrestritamente às suas paixões e assim fundirem-se no grupo e perderem o senso dos limites de sua individualidade.
poder de crítica – compulsão a fazer como os outros
O indivíduo perde seu poder de crítica e deixa-se deslizar para a mesma emoção. Ao proceder assim, há um aumento e intensificação da excitação carga emocional das pessoas do grupo por meio da interação mútua.
Acha-se em ação algo da natureza de uma compulsão a fazer o mesmo que os outros; a permanecer em harmonia com a maioria. Quanto mais grosseiros e simples são os impulsos emocionais, mais aptos se encontram a propagar-se dessa maneira através de um grupo.
submissão à emoção, capacidade intelectual reduzida
Partimos do fato fundamental de que num grupo o indivíduo estará sujeito, através da influência deste, a profunda alteração em sua atividade mental.
Sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida.
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FREUD, S. Psicologia de grupo e análise do ego (1920 -1922) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud: Rio de Janeiro, Imago, 1994