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Vera Canhoni

Poesia – Manoel de Barros – Singular, tão singular

Poesia – Manoel de Barros – Singular, tão singular

 

Ó passar-se invisível pela alma da alameda de casas espaçosas

Imaginando a feição ideal dentro de cada uma!

Ir recebendo um pouco de poesia no peito

Sem lembranças do mundo, sem começo…

Chegar ao fim sem saber que passou

Tranqüilo como as casas,

Cheio de aroma como os jardins.

Não contar nada a ninguém.

Não tentar um poema.

Nem olhar o nome na placa.

Invisível, deixar apenas que a emoção perdure

Fique na nossa vida fresca e incompreensível

Um mistério suave alisando para sempre o coração.

Singular, tão singular.

 

 

Eventos

 

 

Barros, M. Poesia Completa. São Paulo. Leya, 2010

 

 

 

 

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