Psicanálise: Processo analítico: comunicação e transferência – interpretação e manejo parte 1/2 – Vera Canhoni
Processo analítico – comunicação e transferência – interpretação e manejo
Em todo processo analítico a comunicação entre analista e analisando tende a se colocar de diferentes maneiras em razão das necessidades, características, demandas, estados e/ou condições emocionais daqueles que experimentam uma análise.
Seja nos primeiros encontros e/ou ao longo do processo analítico a comunicação com cada um de nossos analisandos é absolutamente particular e se desenhará de modo único e exclusivo em face da singularidade de cada sessão.
Tal qual o rio de Heráclito – “Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos” – cada sessão, encontro ou modo de se comunicar com o outro terá um caráter exclusivo, especial e bem característico.
Mas, não é possível falar em comunicação e encontro com o outro no âmbito do processo analítico se não levarmos em consideração a instalação da transferência analítica.
Como um terreno, por assim dizer, sobre o qual a experiência analítica se sustentará, a transferência – em seus modos e desdobramentos – oferecerá ao analista os dispositivos essenciais tocante ao seu posicionamento e condução do processo analítico.
A maneira como a transferência analítica se configura institui, cria e organiza as condições para que a comunicação – tendo em vista as transformações psíquicas – se faça de um modo e não de outro.
Quando nos referimos a esfera da comunicação no contexto da prática psicanalítica também levamos em consideração dois dispositivos técnicos frequentemente empregados pelo psicanalista no exercício clínico: a interpretação e/ou o manejo.
Assim, é fundamental que o analista possa reconhecer se está diante de uma neurose ou psicose de transferência.
WININICOTT, D. W. (1955). Formas Clínicas da Transferência. In: Da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro, Imago
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