Psicanálise: Na prática do psicanalista: o poema e o self. Parte 3/4
Na prática do psicanalista: o poema e o núcleo isolado do self.
Trama dos encontros: a solidão essencial
Na trama dos encontros de uma experiência analítica, no esforço semelhante à escavação do ouro/outro é preciso ser capaz de acolher o que há de mais essencial e se abriga no núcleo isolado do self: a solidão essencial – suporte para as experiências do self.
Winnicott e o elemento não comunicável
Como nos lembra D.W. Winnicott, no centro de cada pessoa há um elemento não comunicável e, sendo precioso tal qual ouro, merece ser preservado para assegurar as experiências de continuidade.
Transmissão dos cuidados
Obviamente, é na capacidade para preservar o núcleo isolado do self que encontramos as vias abertas para a transmissão dos cuidados e com elas as formas mais peculiares da comunicação nos meandros dos encontros clínico/psicanalíticos.
E se nesse poema encontramos certa analogia às veredas abertas para os cuidados e para a comunicação mais fundamental; àquela que preserva o estado mais originário – a solidão essencial ele também é capaz de nos lembrar que o
[…] caráter problemático do amor é também o da linguagem poética […]
e talvez da linguagem psicanalítica que se esforça por exprimi-lo.
para continuar a leitura acesse:
https://www.veracanhoni.com/2017/02/15/psicanalise-pratica-psicanalista-poema-self-4-4/
ARRIGUCCI, Jr, D. Coração Partido: uma análise da poesia reflexiva de Drummond. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
DRUMMOND de ANDRADE, C. Obra completa, Rio de Janeiro: GB, Companhia José Aguilar, 1967.